Todo final de ano é a mesma coisa: os relógios são adiantados em uma hora, mais ou menos dois meses antes da chegada da estação mais quente. Mas você sabe por que existe horário de verão e como ele é importante para o consumo de energia no país?
No Brasil, a mudança permanece apenas por alguns meses, ao final de um ano e no começo do seguinte, afetando as regiões centro-oeste, sudeste e sul. No entanto, em outros países o regime é diferente devido ao posicionamento e às estações do ano distintos.
Acompanhe nosso post e entenda mais sobre por que existe o horário de verão e como ele impacta sobre nossas vidas!
O horário de verão é uma criação brasileira?
A resposta é não! Na verdade, a ideia foi pensada primeiro pelo político e cientista estadunidense Benjamin Franklin, ainda em 1784, mas não teve boa aceitação no país. Entrou em prática apenas em 1916, na caótica Alemanha durante as crises decorrentes da Primeira Guerra Mundial.
No Brasil, o sistema começou a ser adotado entre os anos de 1931 e 1932, originalmente com duração de 5 meses. Desde então, tem sofrido diversas adaptações.
Em 2008, um decreto presidencial fixou o período em 4 meses. Oficialmente, tem início no terceiro domingo de outubro e final no terceiro domingo de fevereiro. A exceção é quando o fim coincide com o Carnaval: nesse caso, o horário de verão deverá terminar no quarto domingo de fevereiro.
Em 2018, em razão das eleições, o início do horário de verão foi adiado para o primeiro domingo do mês de novembro.
Onde e por que existe o horário de verão?
O sistema de mudança na hora oficial acontece nos países e nas regiões mais afastados da linha do Equador. Nesses locais, os dias se tornam mais longos durante o verão, o que significa maior quantidade de horas por dia com luz solar — nos países nórdicos, por exemplo, não chega a anoitecer por completo!
Nos países do hemisfério sul, os dias mais longos ocorrem entre outubro e fevereiro, durante a primavera e o verão. No hemisfério norte, o oposto acontece: as mesmas estações ficam entre março e setembro, causando menor necessidade de uso de iluminação artificial nas primeiras horas da noite.
Com uma, duas ou mais horas extras de luz do sol por dia, as pessoas sentem menor necessidade de acionar a iluminação artificial tão cedo, gerando economia e contribuindo para a conservação da energia produzida.
Por outro lado, nos locais próximos à linha do Equador, as estações não são bem definidas e os dias têm duração regular ao longo do ano. Assim, o horário de verão tem pouca ou nenhuma eficiência, por isso não é praticado.
Quais são os impactos positivos e negativos do horário de verão?
Em termos de consumo energético, a alteração no padrão de consumo causada pelo adiantamento de uma hora no relógio reduz a chance de ocorrência de restrições e apagões nos horários de pico. Isso porque, no caso do Brasil, parte do maior consumo é deslocado para um horário diferente das regiões onde não existe horário especial.
A medida evita a necessidade de aumentar a produção de energia por meio de combustíveis não renováveis. Isso promove maior qualidade de vida pelo aproveitamento da luz solar, além de trazer maior sensação de segurança devido à permanência da luz por mais tempo ao anoitecer. Dessa maneira, há economia não apenas da energia já produzida, como também dos meios e recursos utilizados.
Dentre as consequências negativas, é possível destacar as alterações no ciclo circadiano e confusões com horários que, segundo os críticos, a baixa alteração nos padrões de consumo não é capaz de compensar.
Além da economia com acionamento da iluminação, é importante contribuir para a conservação da energia adotando outras medidas, como preferir lâmpadas LED, investir em equipamentos com selo Procel A, usar o ar-condicionado com responsabilidade e desligar aparelhos que não vão ser utilizados por longos períodos. O meio ambiente agradece quando cada um faz sua parte!
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